Mecanismos Transnacionais da Escalada de Dissidência

A pesquisa tem como objectivo a comparação de casos históricos e atuais de protesto, resistência e violência política. Desta maneira distinguimos duas formas da resistência: (1) “oposição”, que aceita a soberania e a ordem social e que age dentro das formas legais da participação política; e (2) “dissidência”, que não aceita as regras do sistema e escolhe formas não convencionais de organização e articulação para fazer uma crítica radical à dominação do poder político. Nesta forma, “dissidência” pode mas não tem que ser violenta. Em geral, procura-se responder a questão seguinte:

Quais são as condições transnacionais nas quais os atores dissidentes mudam as formas de protestar e escolhem estratégias da luta armada?

A dissidência nesta forma tem dinâmicas específicas. Só poucos atores colectivos deste tipo começaram como grupos que usam a força. No entanto, muitos passam por uma evolução na qual se pode constatar escaladas e descidas da violência, tanto a um nível vertical como horizontal. Quais são, então, os mecanismos transnacionais decisivos nestes processos? Tentamos identificar diferenças e semelhanças em quatro casos históricos e atuais. Fazendo isso, estamos atentos para não subsumir diferentes formas da violência política sob um só conceito. Pelo contrário queremos diferenciar este paradigma nas ciências sociais comparando os casos diferentes e suas marcas específicas.

Um caso específico do projecto é uma pesquisa das relações transnacionais da FRELIMO durante a sua luta pela independência de Moçambique.

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Projecto financiado pela Fundação da Investigação Científica Alemã (DFG)

Colaboradores neste projecto (Presentação em Inglês):

Christopher Daase | Janusz Biene | Daniel Kaiser | Holger Marcks | Julian Junk