“Dissidência Internacional- Dominação e Crítica na Política Global” é uma colaboração de vários projectos na Universidade “Goethe” de Frankfurt. Nestes projectos pesquisamos as formas da organização e articulação da resistência política radical para reconstruir formas da dominação (“Herrschaft”) global. Os diversos projectos são financiados ou pelo Cluster da Excelência “A Formação de Ordens Normativos” ou pela Fundação da Investigação Científica Alemã (DFG).
Graffito an der Goethe-Universität Frankfurt, März 2012. Photo von frankfurtstreets@tumblr
O processo contínuo da globalização não mostra-se somente numa condensação das relações internacionais e transnacionais, mas também numa acentuação da resistência contra uma ordem política global. Um crescimento da contestação aos modelos da economia liberal, desrespeito pelas regras internacionais e protesto aberto contra “valores ocidentais” são indicadores deste processo. Isto pode ser causado pelo facto que instituições e normas internacionais intervêm mais e mais na política do estado nacional e provocam um esforço de adaptação pelos atores estatais e não-estatais. Até à data, protesto e outras formas da resistência política não atraíram grande atenção sistemática nas Relações Internacionais, seja porque é bastante difícil compreendê-las com os paradigmas tradicionais da política internacional. Só uma perspectiva que entende a política global como uma ordem da dominação que manifesta-se ao nível institucional e normativo pode detectar, explicar e classificar a dissidência internacional, entendido como uma contestação radical á instituições e normas centrais na política internacional.
No centro da colaboração está a questão de quais são as condições para a radicalização da resistência e como se transforma da oposição à dissidência. Por isso é necessário distinguir diferentes formas da radicalização e determinar a função das estruturas da dominação global nestes processos. Nesta maneira, os diferentes projectos tentam evidenciar várias dimensões da dissidência internacional nas relações internacionais.
